Soneto da Transitoriedade do Tempo e da Poesia
Vivo a transitoriedade do tempo
que escorre alhures pela ampulheta
que divaga algures no meu planeta
espalhando o todo em um só momento.
Vivo a exatidão metamorfoseada
borboleta alquímica kafkiana
em voo rasante em superfície plana
em busca da flor desorvalhada.
Vivências e morrências paradoxais
ontologicamente ultrarracionais,
elãs vagos vagando pela mente
poeticamente, consequentemente;
mas inda resta a alma sã do soneto
composto na linhagem de um poemeto.