DÉJÀ VU II
À minha frente, vejo um riacho cristalino,
Ao lado "dele", vago feliz à sua margem
Inebriada, com a natural beleza da paisagem,
Enquanto as águas, vão seguindo seu destino...
Notadamente, indiferente a minha presença,
No espelho d'água, reluz o céu em aquarele
Árvores e arbustos, inclinando-se sobre ele,
Osculando a imagem - refletida benquerença!
Recordo, suave sussurro; da cachoeira indefesa...
Caleidoscópio tons de prata... Sobejo leve do luar,
Reflexo das divindades, equilíbrio vítreo do lugar!
Talvez por dias, meses, anos, permaneci ali, coesa,
Até que uma mão, com suave cheiro adamascado
Rompeu o transe; e me guiou "pro outro lado"...
(Edna Frigato)