DÉJÀ VU II

À minha frente, vejo um riacho cristalino,

Ao lado "dele", vago feliz à sua margem

Inebriada, com a natural beleza da paisagem,

Enquanto as águas, vão seguindo seu destino...

Notadamente, indiferente a minha presença,

No espelho d'água, reluz o céu em aquarele

Árvores e arbustos, inclinando-se sobre ele,

Osculando a imagem - refletida benquerença!

Recordo, suave sussurro; da cachoeira indefesa...

Caleidoscópio tons de prata... Sobejo leve do luar,

Reflexo das divindades, equilíbrio vítreo do lugar!

Talvez por dias, meses, anos, permaneci ali, coesa,

Até que uma mão, com suave cheiro adamascado

Rompeu o transe; e me guiou "pro outro lado"...

(Edna Frigato)

Edna Frigato
Enviado por Edna Frigato em 29/12/2015
Reeditado em 01/01/2016
Código do texto: T5494805
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