Roça do sertão

É triste, embora sempre aconteça

Ano após ano, sem chuva, a terra

Árida e arquejante, ao pé da serra

Mata o sonho, sem que ele cresça.

O sertanejo levanta, vai pra capina

O barro, a poeira, a mesma cantiga

O sol a pino, no seu lombo, castiga

E o faz padecer, em sua triste sina.

Nenhum tempo nublado, tem o céu

Só desesperança de chuva e de mel

Ao senhor do sertão, ali, humilhado.

E o senhor do universo, sem limites

Um céu de esperança, lhe transmite

Em seu sonho de chuva, acalentado.

helderrocha.

HELDER C ROCHA
Enviado por HELDER C ROCHA em 27/12/2015
Reeditado em 28/03/2021
Código do texto: T5492346
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