Segunda Morte do Poeta
Cresce o desespero do infausto lento
Querendo morro, no amor ansiando
Por uma parte que está faltando
Sem alívio no tormento que agüento.
Não quero assumir este corte sangrento
Num aceno avisado que vai desejando
Nesta inglória de morrer teimando
De um insosso arrojo de contentamento.
Quem pretende impetrar nesta esfera
No temerário jazigo numa infinda espera
Muitas ocasiões no temor que não cala.
Pois aquele poeta morre no colo da fera
Querendo o amor imortal que nem sem fala
Numa espera tranqüila em uma torpe sala.
HERR DOKTOR