Soneto do amor ausente

SONETO DO AMOR AUSENTE

Tão gentil, de beleza transparente

A Diva que me eleva o pensamento,

Cercada de candura e encantamento,

Para mim já bastava amor somente.

Por mais que eu me abrasasse em sentimento,

Menina de olhar doce - penitente -

Tanto eu quis e não tendo-te presente,

Eu bem sei como é ter padecimento.

Não sei mais se tu sentes como sinto,

Mas bem sei que inda tens a formosura

E também o sorriso que pressinto.

Por tudo mais bonito que fascina

Na etérea transparência que faz pura,

Quero a ti me entregar linda menina.

(O quinto verso: Por mais que eu me abrasasse em sentimento. Abrasasse do verbo abrasar - v. t. d. transformar em brasa, queimar, arrebatar, apaixonar...)

Onofre Ferreira do Prado
Enviado por Onofre Ferreira do Prado em 22/12/2015
Reeditado em 23/10/2023
Código do texto: T5488308
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