Corre o flúmen, tingido pela alvura

Corre o flúmen, tingido pela alvura

rúbida do crepúsculo macio,

levando as folhas mortas, que eu bem vi-o

desde os mais ermos píncaros, na altura,

onde a aragem eflui com mais brandura,

até os estreitos vales onde o rio

então divide os montes; e eu sorrio

ao receber na face a brisa pura.

E o sucumbir do sol é o interesse

do alvíssimo luar, por isso vê-se

sempre triunfar o brilho das estrelas.

E ouvindo as vozes doces e tão belas,

enquanto a noite estende-se à janela,

quem, se não eu mesmo, há de compreendê-las?

Marcel Sepúlveda
Enviado por Marcel Sepúlveda em 19/12/2015
Reeditado em 14/01/2016
Código do texto: T5484912
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