MEU FARDO

A chuva fina cai, a noite é fria

Insone, choro inquieto, angustiado

O cheiro da saudade me agonia

Padeço, por lembranças fustigado

Jungido pela dor, melancolia

Sucumbo à solidão, fardo pesado

Há tanta insipidez, vida vazia

Em nada vejo luz, desesperado

Levanto e me debruço na janela

As lágrimas me banham, incessantes

Parece interminável a procela

Nostálgico, imagino meus instantes...

Divinos! Quando estive ao lado dela

Os dias eram doces, fulgurantes