Odes da tarde...

Ó teorema dos poetas calados!

Em flâmula, fórmula e nitratos

No mundo de círios a querosene

Jamais ópera que vos condene...

Nesse regurgitar do caviar insosso

Ó silêncio-inútil de Mercedes Sosa!

Ah, pacto de guerra, nunca sussurro

Odes e odisseias, o gado aos urros

Inda era tempo de maria-fumaça

Velocípedes sobre os girassóis

Toda ingenuidade feita argamassa

Um céu retinto de andorinhas

Na nave atômica rumo ao sol

Ora, vosso solilóquio à tardinha!

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 18/12/2015
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