Odes da tarde...
Ó teorema dos poetas calados!
Em flâmula, fórmula e nitratos
No mundo de círios a querosene
Jamais ópera que vos condene...
Nesse regurgitar do caviar insosso
Ó silêncio-inútil de Mercedes Sosa!
Ah, pacto de guerra, nunca sussurro
Odes e odisseias, o gado aos urros
Inda era tempo de maria-fumaça
Velocípedes sobre os girassóis
Toda ingenuidade feita argamassa
Um céu retinto de andorinhas
Na nave atômica rumo ao sol
Ora, vosso solilóquio à tardinha!