Soneto do amor consumado

No romper d`alva, procura a outra face,ávida

Sequidão nos lábios, a esperar a boca cálida

A dar-lhe o favo,o nutrir sacro dos enamorados

Sob o arrebol a vagarem afrodisíacos abraçados

Ainda inibida,nubente,o desejo laico lhe atiça

Embevecida, logo doce prelúdio, do beijo roubado

Seu viço desabrocha ao declarar-se o ser amado

Entrega-se e se finda a casta, pureza maciça

O ser jovial conhece a fusão de corpos em concílio

O corpo antes em repouso, agora despido e ardente

Esfrega-se quieto ao corpo varonil, no prazer farto

O cupido servil, aos desígnios do amor premente

Põe no âmago dos amantes o gostoso arrebato

E assaz sábio, salva o coração da sangria do ócio

Alex Melloh
Enviado por Alex Melloh em 17/12/2015
Código do texto: T5483557
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