POETA MORTO

POETA MORTO

Para o meu Tio José Corsino Lima Sobrinho, in memoriam.... Um poeta extraordinário....

E quando repousar teu corpo inválido

Na urna decorada com violetas

(Teu corpo inerte morto visto esquálido),

Mas, tu’a alma vai longe num cometa...

 

E quando tu passares, (não mais pálido!),

Lá nos jardins do Céu, qual borboleta,

Nas nuvens de um divino vento cálido,

Direi: Adeus, amigo! Adeus, poeta!

 

Talvez, quem sabe, um dia d’outros campos,

Olhemos nas estrelas pirilampos

Luzindo o Céu do tempo, o tempo infindo!

 

Mas, hoje, tu estás morto e, eu aos prantos,

Recito alguns dos versos teus de encantos,

E digo em meu silêncio: Tu eras lindo!

 

Arão Filho

São Luís-MA, 16 de dezembro de 2015.