Sobre a dor (5)
Edir Pina de Barros
A dor – a que se pensa não ter cura –
que nos corrói, que escava o nosso imo,
que planta n’alma o breu, viscoso limo,
e tanto nos machuca e nos tortura,
um dia passa, um dia se depura.
Por isso canto a dor, também sublimo,
para vencê-la. E nunca eu me lastimo
e nos meus versos trato-a com brandura.
Eu canto, sim, a dor que nos transmuta,
aprendo o que ela ensina. E vou à luta
atrás de novos sonhos, ilusões.
Por que chorar a dor que nos lapida
e nos ensina, sempre, que essa vida
é transitória em suas mutações?
Brasília, 16 de Dezembro de 2015.
Lira insana, 2016: 56
Edir Pina de Barros
A dor – a que se pensa não ter cura –
que nos corrói, que escava o nosso imo,
que planta n’alma o breu, viscoso limo,
e tanto nos machuca e nos tortura,
um dia passa, um dia se depura.
Por isso canto a dor, também sublimo,
para vencê-la. E nunca eu me lastimo
e nos meus versos trato-a com brandura.
Eu canto, sim, a dor que nos transmuta,
aprendo o que ela ensina. E vou à luta
atrás de novos sonhos, ilusões.
Por que chorar a dor que nos lapida
e nos ensina, sempre, que essa vida
é transitória em suas mutações?
Brasília, 16 de Dezembro de 2015.
Lira insana, 2016: 56