PARADOXAL AMOR
PARADOXAL AMOR
Não sei o que dizer d’aquele amor,
Tampouco em mim há ânimo p'ra tanto...
Confesso que errei, sem pesar ou espanto,
Tão certo quanto amargo um dissabor.
Sábio embora, não tenho mais ardor.
Despido de ilusões, aquele encanto
Antes diz do que sinto, no entretanto,
Também do que me vejo estranho a expor:
Se me arrependo d'haver amado? Sim!
E não... Por aparvoado já me tomem
E esse paradoxal amor, por fim.
Confuso, reconheço-me um homem
Ou humano... A muito pouco o amor servira,
Se vera verdade é mera mentira.
Betim – 05 10 2005