DE CAPA E ESPADA

DE CAPA E ESPADA

A glória d'armas quista dos varões

E os transes de ventura em que se arrisca

Vidas — a alheia e a própria — são como isca

Para ater-te, leitor, a esses grilhões!

Toma, portanto, o livro, entre os senões

Ou burlas que um autor para si risca.

Onde cruéis vilões e heróis de boa bisca,

Vão tornar verossímeis as acções.

Mentre houver um amor de romanceiro

Com viúvas e órfãos tão desvalidos,

Nosso herói peleará contra os temidos!

Científico ou fictício o verdadeiro?

Eis à próxima página do mistério,

Cujo mote é levar-se pouco a sério.

Belo Horizonte – 20 05 2005