Soneto do Natal diário
Quem ama sabe: não há nada igual.
No entanto, por que tanto se demora
na busca pelo próximo? Afinal,
se amando, Cristo nasce a toda hora.
Por que não transformarmos o natal,
do ano que se despede e vai embora,
em rio perene, de maneira tal
que anulemos o que nos devora?
Sugiro o seguinte: se se comporta
muito de bom, demonstre, já que o ruim
do velho homem leva à larga porta.
E então, dentro de um tempo que eu não sei,
alegre, olhes pra trás e ores assim
"Combati o bom combate - eu amei."