ESCOLHA
Adeus. Foi o que disse e foi-se embora,
Levando na bagagem seu sorriso,
Feliz por ter ferido sem aviso
Um grande amor, então, do seu penhora.
Abriu-se o chão daquele paraíso
Na hora que partiu em plena aurora,
Cortou o coração como quem tora
Um cepo de videira de improviso.
Destino a consequências obedece
Dos fios que a gente mesmo tece,
Nem sempre é o que a gente escolhe.
O tempo cerzirá esta ferida,
Amanhã cada um com sua vida...
Certos que o que se planta é o que se colhe.