Aos porcos do Levante

Um vil lábaro preto, um estandarte
Fincado em meio aos corpos inocentes.
Olhos inertes, plácidos, silentes,
Uma avernal dantesca obra de arte.

Idosos, moças, amantes, parentes
Cujo único delito foi roubar-te
A paz de viver sem ouvir aparte,
Sem conviver com idéias diferentes.

Se tanto gozo causa-te o vermelho
Do sangue, sugiro-te: olha no espelho,
Pega o animal que ali se encontra e explode.

Que tu e teus paladinos do absurdo
Encontrem certeiro projétil curdo.
Deus vobiscum, e adeus, e aliás: te fode.
Felipe Tavares Teixeira
Enviado por Felipe Tavares Teixeira em 12/12/2015
Reeditado em 14/03/2016
Código do texto: T5478016
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