Dona Laïs
Quanto respeito tenho pela senhora
E admiração por quem pariu
Meu ídolo. Minha progenitora,
Com quem até o tempo foi gentil!
Achei que foi cinismo do Destino,
Tê-la privado do seu sangue forte;
Que era equivocada a sua morte.
Maldisse a frialdade do Assassino.
Agora, pois, percebo, num estalo
Da cristalina lógica ateniense,
O ciclo dos homens, no qual transito.
E sendo assim, não posso, então, culpá-lo
Por trazê-la de volta aonde pertence:
A grandeza do Todo, infinito.