Soneto das singularidades

Oh, Cosmos! Que se estende infinito

Perante este agregado de matéria,

Perto de ti, minha existência etérea

É efêmera. Como homem, me limito.

Ao contemplar tuas atrações sidéreas,

Desfaço-me de mim—eu me permito—

Uma alma à deriva, não mais gravito,

Mas rejo a orquestra das orbes aéreas.

Tu, que arrebatas todas as platéias,

Que engolfa-me em mil dúvidas e idéias,

És de onde eu vim. Faço meu berço em ti.

Responda-me, pois, quantas epopéias

Na vastidão de tuas poliantéias,

Eu estrelei, até chegar aqui?

Felipe Tavares Teixeira
Enviado por Felipe Tavares Teixeira em 11/12/2015
Reeditado em 11/12/2015
Código do texto: T5477170
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