MAL TRIVIAL
MAL TRIVIAL
Não sei o que há comigo: É um cansaço
Que repouso nenhum por fim mitiga.
Como judiado por mão inimiga
Sempre a me espezinhar em seu regaço...
Tão-só luto e olho; tão-só ando e passo.
Tudo inútil! Ainda que além siga
Uma estrada ao abismo onde periga
Outra voz me mandar pular no espaço...
-- "Aonde ir quando não há mais porquê?!?"--
Embora a pergunta fique sem resposta,
Em desespero ecoa pela encosta.
Enfrento um inimigo que não se vê
E me aniquila quando n'esse mal
Eu ser sem ser se torna algo trivial.
Belo Horizonte – 07 07 2005