SONETO DE ABSINTO!
"Eu aprendi que quanto menos tempo
tenho, mais coisas consigo fazer."
(William Shakespeare)
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SONETO DE ABSINTO!
Eu não quero um cálice de nepente
Nem degustar do néctar da ambrosia
Mas, a eterna juventude eu queria
Pra cessar-me a tristeza num repente.
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No entanto o tempo castiga e inebria
Dando-me rugas e ais tão somente
Não sei se jovem fosse eternamente
Se lamúrias tantas eu cantaria.
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Mas, tristezas vêm e alegrias vão
E o tempo célere não me ouve o grito.
Diz: - É o ciclo da destinação!
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Quisera ir como vim, num belo agito...
Eu, chorando, e outros rindo. No caixão
Eu velho, mas ainda bem bonito.
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09/04/2013 - DILSON/SPVA/NATAL/RN.