SONETO DE ABSINTO!

"Eu aprendi que quanto menos tempo

tenho, mais coisas consigo fazer."

(William Shakespeare)

*

SONETO DE ABSINTO!

Eu não quero um cálice de nepente

Nem degustar do néctar da ambrosia

Mas, a eterna juventude eu queria

Pra cessar-me a tristeza num repente.

*

No entanto o tempo castiga e inebria

Dando-me rugas e ais tão somente

Não sei se jovem fosse eternamente

Se lamúrias tantas eu cantaria.

*

Mas, tristezas vêm e alegrias vão

E o tempo célere não me ouve o grito.

Diz: - É o ciclo da destinação!

*

Quisera ir como vim, num belo agito...

Eu, chorando, e outros rindo. No caixão

Eu velho, mas ainda bem bonito.

*

09/04/2013 - DILSON/SPVA/NATAL/RN.