AFOGADO...

Estou morto...

Preso a esta carcaça...

E aos grito de minh'alma..

Que apenas eu posso ouvir.

Esquife, mero corpo...

Vil e fria carapaça...

Na qual o tempo traça...

O início do meu fim.

Dor e amor, sem hiato...

Poço em que me acho...

Em pronfunda melancolia.

Lembranças que não mato...

Afogam-me nos maus tratos..

Num leito de pura agonia.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 10/12/2015
Código do texto: T5476324
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