AFOGADO...
Estou morto...
Preso a esta carcaça...
E aos grito de minh'alma..
Que apenas eu posso ouvir.
Esquife, mero corpo...
Vil e fria carapaça...
Na qual o tempo traça...
O início do meu fim.
Dor e amor, sem hiato...
Poço em que me acho...
Em pronfunda melancolia.
Lembranças que não mato...
Afogam-me nos maus tratos..
Num leito de pura agonia.