Duas caveiras do amor
És outra e amada caveira do peito,
Como o desejo, o esqueleto e a paixão
Que inda te buscam assim em ação,
Mas que o prazer tenebroso e perfeito!
Podeis dormir no puríssimo leito
Para a luxúria do abraço e a fusão,
Essa volúpia perversa e malsão,
Em vós, sangrais o sepulcro mal-feito.
Darás ao beijo do bicho mais grosso,
Carnificina, lugar macabro e osso,
Vejo o romance amoroso e tocante.
Além do amor sepulcral e profundo
No coração enterrado do fundo,
Que uma caveira te beije bastante.
Lucas Munhoz - (10/12/2015)