EM CONTACTO

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Já não te inquietes mais, antes confia.

Vou afastar a dor longe de ti.

Abraça-me! Não chores... Estou aqui

Só para atravessar a noite impia.

Cuida, porém, do quanto desafia

Com olhos marejados te ver: Vi

Em teus olhos os meus e estava ali

A benfazeja luz da companhia.

Doentes imaginários!? Falsos sãos?!

Somos senão aqueles que a morrer?

Foram, pois, condenados a viver?

Passa... Quão doce em meus braços te ter!...

Toma n'estes carinhos, mesmo vãos,

Quanta cura ou milagre em nossas mãos.

Betim – 05 05 2005