A dor de viver
Oh doença sacra que me corrói o pudor,
Meus sentimentos negam-te o prazer
De doer-me o peito numa imensa dor
De amar aquela que me vem dizer
Que a vida está onde o mal sucumbe
E a esperança jamais definha diante da labuta,
Pois a morte da carne termina fúnebre
E a sorte mais tem quem mais escuta,
Por isso, preciso escrever para alguém
Que tenha a mesma dor e o mesmo mal,
Mais ainda, sinceramente, o mesmo amor...
Mas o tempo passa e sempre vem
Um dia em que vemos a vida qual caos
De uma eterna morte sem dor...