MINHA SOLIDÃO II

Sinto a solidão como um regato puro

Fenda na floresta verde, cristalino

Dessedento apenas flores, e eu felino

Quando descaçado surjo no escuro...

Uma solidão que escuto com acuro

Fonte de uma água decantando um hino

Como tudo sendo orquestra do Divino

Mágica silenciosa que eu em mim apuro...

Nunca eu afugento o pássaro que busca

Minha solidão pra vir cantar um canto

Sob o véu solar que nunca me ofusca...

Noite em meu regato sob a luz de prata

Faz o meu poema versejar de encanto

Numa aurora linda, e a solidão desata...

Autor: André Luiz Pinheiro

08/12/2015