POLITRAUMATISMOS
POLITRAUMATISMOS
Cair a oitenta quilômetros por hora,
E, inadvertidamente, estar no asfalto...
Não ver sob um contrário farol alto
Outro abismo expulsar-me para fora.
Para fora?! Da estrada, da luz, da hora?...
Não apenas: Da vida! Quando um salto
Não fosse tão distante quanto incauto
E, exausto, me impedisse de ir embora.
Paciente, aguarde ainda o último exame.
Posto a prova, entretanto, de tal sorte,
Que a resposta será a vida ou a morte.
Grato após, nada mais de mim reclame,
Porque qualquer enfim minha sentença,
A morte se mostrara já imensa!
Contagem – 07 07 2005