Olhar perdido da suavidade do bem-querer.

Na suave e insustentável leveza do ser,

Vence o rico bem-querer, perde o ter,

E sem que venhamos nos aperceber.

Vem a desarrazoada paixão, nos acometer.

Aqui já não importa o saber ou a idade,

Somos ledos meninos na sentimentalidade,

Que do peito faz casa e a casta alma invade,

Domando o sentir com sua doce fragilidade.

Então vemos o olhar no horizonte a se perder,

Buscando o ser amado em toda diversidade,

Em cada canto, há um encanto do seu querer.

E num sentir aerado surge a doce vivacidade.

Da leveza suave e dominante do bem-querer.

E o amor trisca a alma com o raio da imortalidade.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 09/12/2015
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