Olhar perdido da suavidade do bem-querer.
Na suave e insustentável leveza do ser,
Vence o rico bem-querer, perde o ter,
E sem que venhamos nos aperceber.
Vem a desarrazoada paixão, nos acometer.
Aqui já não importa o saber ou a idade,
Somos ledos meninos na sentimentalidade,
Que do peito faz casa e a casta alma invade,
Domando o sentir com sua doce fragilidade.
Então vemos o olhar no horizonte a se perder,
Buscando o ser amado em toda diversidade,
Em cada canto, há um encanto do seu querer.
E num sentir aerado surge a doce vivacidade.
Da leveza suave e dominante do bem-querer.
E o amor trisca a alma com o raio da imortalidade.
(Molivars).