SONETO AO SEM ATITUDE


Nas tuas palavras vãs tu vai vivendo
Empurrando com a barriga o presente,
Mal tu vê, e claro, também não sente
O retalho que é feito com seu remendo.

Sua boca fala, e mente para a mente
Explanam as atitudes, mesmo sabendo
Que vão ficar ao vento e apodrecendo,
Na incoerência do teu ser dormente.

E vendo as oportunidades dar-lhe tchau
Tu não percebe que isso é nó, e um mal
Que cega os olhos do estado de alerta.

E te vejo parado, vendo a banda passar
A mercê da preguiça que tu chama de azar
Coçando a barriga... e com a boca aberta.


14 de Novembro de 2015
Wotson de Assis
Enviado por Wotson de Assis em 08/12/2015
Reeditado em 19/02/2016
Código do texto: T5474046
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