A RESILIÊNCIA DE UM VATE
Ainda que minh'alma esteja assim azougada
Pelas cruéis desilusões desta vida imprevisível
A verve ainda pulsa nesta mente incompreensível
E nestas tristes linhas sinto minha poesia afogada
Ela chora como se fosse um órfão na madrugada
Que teve a mãe ceifada por uma guerra desprezível
As suas noites são longas e o choro é irredutível
Mas os padecidos olhos ainda brilham na alvorada
E nesta resiliência alheia eu me visto de paz serena
Pois sei que minhas dores são como pingos d’água
Que lavam a minha tristura nesta natureza amena
Livrando-me dos covardes e das redomas de mágoa
E nesta completude vejo que a poesia não é pequena
E sim, inefável rio que no mar um poema deságua!
( Fábio Ribeiro - Dez/2015 )
Ainda que minh'alma esteja assim azougada
Pelas cruéis desilusões desta vida imprevisível
A verve ainda pulsa nesta mente incompreensível
E nestas tristes linhas sinto minha poesia afogada
Ela chora como se fosse um órfão na madrugada
Que teve a mãe ceifada por uma guerra desprezível
As suas noites são longas e o choro é irredutível
Mas os padecidos olhos ainda brilham na alvorada
E nesta resiliência alheia eu me visto de paz serena
Pois sei que minhas dores são como pingos d’água
Que lavam a minha tristura nesta natureza amena
Livrando-me dos covardes e das redomas de mágoa
E nesta completude vejo que a poesia não é pequena
E sim, inefável rio que no mar um poema deságua!
( Fábio Ribeiro - Dez/2015 )