Quem me lê
As mulheres que vejo nas ruas
Vejo com um olhar religioso,
Diferente das que vi nuas
E de seus parceiros horrorosos...
Mas vejo uma luz na escuridão
Que não vem do brilho das estrelas,
É uma luz que contemplo com o coração
Que vê no fim o que a ti semelha...
Se, num furacão sentimental,
Eu confundo aquela que não me viu
Com aquele que me lê,
Choro com desabafo transcendental
E afirmo o meu sangue com brio
De poeta esperando quem o olhar me dê...