VISITA-ME A SAUDADE
E DE REPENTE VISITOU-ME A SAUDADE, SEM PERGUNTAS ADENTROU
ACARICIOU MEUS CABELOS, REASCESCENDEU A SOLIDÃO DA CHUVA
SORRIU PARA MIM, EM UM RETRATO EM PRETO E BRANCO NO CENTRO
ME SERVIU UM VINHO AMARGO, COM PEQUENOS PEDAÇOS DE NÓS
ESCUTAMOS CHICO, RELEMBRAMOS VINÍCIOS, ESCREVI UMA POESIA
A SALA VAZIA, MAS UMA TAÇA, UM TRAGO NO CIGARRO, A NOITE FRIA
O RELÓGIO QUE BATE ONZE HORAS, EM SEU BADALAR IMPLACÁVEL.
A INCANSÁVEL LUTA DE ESQUECER AS MARCAS DEIXADOS PELO AMOR
O GELO DO CORAÇÃO TRISTE, UMA LAGRÍMA QUE CAI, A NOITE PALÍDA
E ELA, FICOU POR ALI, COMO QUEM QUER IR, MAS NÃO TEM ONDE
O TEMPO QUE NÃO VOLTA O BARULHO DO SILÊNCIO QUE INCOMODA
BOCA QUE CALA O ABRAÇO DADO, UM ULTIMO BEIJO, A DOR QUE FICA
A SAUDADE VAI, NÃO HÁ DESPEDIDA, O DIA COMEÇA UM CAFÉ QUENTE
É SEMPRE ASSIM, QUANDO ELA CHEGA TRAZENDO SUAS LEMBRANÇAS