Soneto de Encantamento

Eu não me fiz morrer no meu caminho,

nem procurei viver solidamente.

Perdoa se eu agir como inocente,

mas, ah... que falta faz o teu carinho!

Às vezes, no caminho em que se mete,

a gente nem percebe o bem ferido.

Porém, se me permites um pedido,

perdoa-me, que errei mais do que sete.

E se perdoas os meus delitos,

tenho tanta alegria que preciso

calar minhas questões, antes conflitos:

Como o ardor do pecado ao bem incita,

se ao magoarmos a ferida, eis o riso,

o que me fez mais feio e tu bonita?