Cintilante

A estrela brilha ao longe, solitária

E apenas desse jeito a convém

Pois de perto corre um risco tenebroso:

Revelar o que não mostra a ninguém.

Erosão de pó de arroz na triste face

Negras lágrimas de rímel derretido

Covas fundas num olhar bem doloroso

Rachaduras no baton já ressequido

No pulsar do coração em desalinho

Lembra-se de um lindo amor que já foi seu

Sentimento outrora nobre, hoje daninho

Chora e aprende com a dura experiência

Evitando cair num buraco negro

E seu brilho voltará - diz a Ciência.

(Verônica - 02/12/2015)

Verônica Marzullo de Brito
Enviado por Verônica Marzullo de Brito em 02/12/2015
Reeditado em 08/12/2015
Código do texto: T5467658
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