À SUA ESPERA
À SUA ESPERA
Talvez por louco; ou sim, talvez por denso
Eu me sinta capaz d'uma verdade,
Que lhe fale, além-factos e à vontade,
Conquanto nos revele o pouco senso...
Ou ainda ela me acuse por pretenso
Iluminador de sombras onde a idade
Pesa sob os encargos da igualdade,
Face à morte com seu instante imenso.
Afinal, o que é mesmo que se quer?
Talvez jamais consiga o que quiser,
Se as palavras disserem que a quero.
Ou não... Nada mais há que não se veja!
Postulo o mesmo fim que ela deseja,
Quando insone, através da noite, a espero.
Betim - 01 12 2015