A mulinha

Tão pura; infante e tão feliz,

Corria nos prados, saltitante,

Elegante, empinava o nariz,

É a coisinha mais fascinante.

Forçava as patinhas da frente,

E jogava as traseiras para traz,

Então empinava tão levemente,

Cunhada no seu espírito, a paz.

Faceira; se falasse seria prosa,

Fogosa no brincar, via as matas,

Feito pluma ela voava em patas.

Era tão delicada a cheirar a rosa,

A mulinha parecia sempre sorrir,

E jamais presumia o seu porvir.

Uberlândia MG

Soneto infiel – sem métrica

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 01/12/2015
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