MORRO DO GATO

Voltei ao tempo, vi que meus passos passaram.

Você trocou de nome, ninguém me avisou.

Uma cruz amoral em teu topo fincaram,

Qual o sofrimento que a nossa gente herdou?

Gato ou a cruz – quem foi o habitante primeiro?

Qual homem concebido de idéia tão pobre

Intercede por nós a chamar-te Cruzeiro?

Devolva o Gato, nosso felino mais nobre.

É toda história matada em nome de Deus.

Marco entranhado – desejo infeliz de dor;

Assim transpassam a espada na vida dos seus.

Meu Morro do Gato – onde estará meu umbigo?

Junto à cruz não permito cravar em adeus,

Devolva-me! Eu quero enterrá-lo comigo.

Vilmar Daufenbach
Enviado por Vilmar Daufenbach em 01/12/2015
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