O olhar de criança
Talvez não saibas, até mesmo por não ter dito,
Mas o que em ti sempre e cada vez me encanta,
É este olhar fixo, quando me fitas, vezes tantas,
A retribuir a forma intensa e profunda como te fito.
Penetro em teu âmago, através de tuas retinas,
Devassando os mais íntimos e recônditos anseios,
E, como amante devotada, ofereces-me teus seios,
Tornando-te então mulher plena, não mais menina.
Através de meus olhos, penetras também no meu
E, curiosa, devassando todos os meus segredos,
Neste intercâmbio infindo entre o que é meu e é teu,
Acessamos o infinito de nós mesmos, por ele divago,
Ao ouvir os plangentes gemidos, a diluirem teu medos,
Retornando à placidez que me olha com olhar vago.
Talvez não saibas, até mesmo por não ter dito,
Mas o que em ti sempre e cada vez me encanta,
É este olhar fixo, quando me fitas, vezes tantas,
A retribuir a forma intensa e profunda como te fito.
Penetro em teu âmago, através de tuas retinas,
Devassando os mais íntimos e recônditos anseios,
E, como amante devotada, ofereces-me teus seios,
Tornando-te então mulher plena, não mais menina.
Através de meus olhos, penetras também no meu
E, curiosa, devassando todos os meus segredos,
Neste intercâmbio infindo entre o que é meu e é teu,
Acessamos o infinito de nós mesmos, por ele divago,
Ao ouvir os plangentes gemidos, a diluirem teu medos,
Retornando à placidez que me olha com olhar vago.