Desabafo
Certa vez, perambulando pelos bares da vida,
Deparei-me com certo alguém que, constrito,
Pediu-me que lhe pagasse, clamando por Cristo,
Sem qualquer altivez, mais um copo de bebida.
E contou-me a razão de seu infortúnio e tristeza,
Que fez até com que da vida normal declinasse,
Refugiado no mais íntimo de si e não mais buscasse,
Julgando que não mais existisse, na vida, a beleza.
Entre juras de amor, seu amor foi-se embora,
Após tanto terem-se amado por direito e de fato,
Deixando-o só, que é como se encontrava agora.
Do grande homem que era, restou um fedelho.
Cabisbaixo, ouvi atento todo seu triste relato
E ao levantar a cabeça, vi que falava ao espelho...
Certa vez, perambulando pelos bares da vida,
Deparei-me com certo alguém que, constrito,
Pediu-me que lhe pagasse, clamando por Cristo,
Sem qualquer altivez, mais um copo de bebida.
E contou-me a razão de seu infortúnio e tristeza,
Que fez até com que da vida normal declinasse,
Refugiado no mais íntimo de si e não mais buscasse,
Julgando que não mais existisse, na vida, a beleza.
Entre juras de amor, seu amor foi-se embora,
Após tanto terem-se amado por direito e de fato,
Deixando-o só, que é como se encontrava agora.
Do grande homem que era, restou um fedelho.
Cabisbaixo, ouvi atento todo seu triste relato
E ao levantar a cabeça, vi que falava ao espelho...