Súmula dos in-sumos
Como o versículo insosso se precipita
Independentemente da rosa absurda
Dias e noites de desmedida aventura
Nos desertos de lepra que se habita
Fórmula, bulimia e súmula infinita
Vã cordilheira de pedra sem altura
Sequer uma alma branca na planura
Quando a cousa azeda e se precipita
Do papiro morto jaz todo o encanto
Crânio natimorto chorando e gemendo
Com a adaga afiada dando acalanto
Vozes, vozes, vozes mais do que olhos
Dos abutres ancestrais subindo e descendo
A cordilheira nos arredores de abrolhos