Vem a vida e lhe entrega um grande fardo

E você assume a carga sozinho

Ar alegre, solícito, um bardo

Aceita se te chamam de "bonzinho"

Acredite, meu caro, a sua sorte

Não é maior que uns tapinhas nos ombros

Receber elogios de calhordas

Reduzir o seu pobre ego a escombros

Você olha pro alto, chora e reza

Crendo, até mesmo, ter algum valor

Que, lá de cima, alguém não lhe despreza

Aprume-se. Ajeite essa gravata

Vá pra rua suar por mais um dia

Assuma o seu destino de babaca.

Verônica Marzullo de Brito
Enviado por Verônica Marzullo de Brito em 28/11/2015
Reeditado em 09/03/2016
Código do texto: T5463604
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