Jó
Vem a vida e lhe entrega um grande fardo
E você assume a carga sozinho
Ar alegre, solícito, um bardo
Aceita se te chamam de "bonzinho"
Acredite, meu caro, a sua sorte
Não é maior que uns tapinhas nos ombros
Receber elogios de calhordas
Reduzir o seu pobre ego a escombros
Você olha pro alto, chora e reza
Crendo, até mesmo, ter algum valor
Que, lá de cima, alguém não lhe despreza
Aprume-se. Ajeite essa gravata
Vá pra rua suar por mais um dia
Assuma o seu destino de babaca.