MEU TORMENTO

MEU TORMENTO

Sônia Sobreira

Este tormento que marca o meu rosto,

e o mundo nem se importa de entedê-lo,

possa alguém que sofreu mesmo desgosto,

chorar comigo e talvez compreendê-lo.

Este sofrer que um dia foi-me imposto,

mesmo trilhando a vida com desvê-lo,

rastro de dor de um coração exposto

a solidão, mais negro pesadelo

Rastro de mágoas... dores... e ansiedade,

onde a tristeza, amiga da saudade

vai espalhando espinhos pelo chão.

E os meus pés, já cansados e feridos,

tentam esmagar mesmo doloridos,

cada espinho que fere o coração.