Silêncio
( Soneto de Despedida )
Em seu leito, escreve o que chora o coração.
O Poeta, tomado por grande paixão chega ao seu limite.
E com suas trêmulas e fracas mãos,
seu sofrimento é tanto que ao silêncio eterno permite.
E de forma lenta, consumido aos poucos,
em derradeiras linhas com paciência,
deixa rabiscos tortos e loucos,
ficam lembranças nas obras, como quem pede clemência.
Ferido, rejeitado e esquecido no amor,
como fuga, retira-se vencido,
despedindo-se de todos, da vida e da dor.
Pronto, acabou. Foi-se o sofrer com o sofredor.
Cai o corpo, ouve-se os prantos. Cala-se a voz.
Morre o Poeta no seu clamor. Morre o Poeta sonhador.
( Soneto de Despedida )
Em seu leito, escreve o que chora o coração.
O Poeta, tomado por grande paixão chega ao seu limite.
E com suas trêmulas e fracas mãos,
seu sofrimento é tanto que ao silêncio eterno permite.
E de forma lenta, consumido aos poucos,
em derradeiras linhas com paciência,
deixa rabiscos tortos e loucos,
ficam lembranças nas obras, como quem pede clemência.
Ferido, rejeitado e esquecido no amor,
como fuga, retira-se vencido,
despedindo-se de todos, da vida e da dor.
Pronto, acabou. Foi-se o sofrer com o sofredor.
Cai o corpo, ouve-se os prantos. Cala-se a voz.
Morre o Poeta no seu clamor. Morre o Poeta sonhador.