(Imagem do Google)
O DERRADEIRO VERSO
Odir Milanez
O deserto do nada, o longe, o pó.
A poesia é pertence do passado
restado de um poeta. Areia só,
sopra o vento do estro empoeirado.
A palavra perdida causa dó,
violentando o verso inacabado.
Sonhos insanos sangram do igapó,
envelhecendo o verde desbotado.
Rosas rubentes sangue ser parecem.
Poreja a pedra um pranto passageiro
pingado pelas nuvens, que enoitecem.
Ventura o vate o verso derradeiro
ao derradeiro amor... Eis que perecem
os seus sensos, sumidos por inteiro!...
JPessoa/PB
26.11.2015
oklima
Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...
odirmilanez.blogspot.com
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