Primeiro soneto publicado no Recanto - Em 2008
Escrito em 2004
Declaração
Afirmo sob juramento: Hoje,
nesta terça-feira, dia de Marte,
na noite sequestrada pela urbe
vi uma estrela no profundo céu.
Temo que não consigas tu me ouvir
no bulício de tantas aflições.
Temo que não me possas tu falar
em hora assim, de céus longe demais.
Contrapondo, tal flor furando o asfalto,
ouso afirmar-vos: Eu vi uma estrela
fugitiva das luzes de néon.
A vós, poeta por escolha e fado,
a contragosto arauto deste Reino,reafirmo:
Uma estrela escapou.