MINHA HISTÓRIA

Menino pobre, vestindo farrapo;

Corpo franzino como nunca vi;

Muito maroto e, às vezes, guapo;

Puro e inocente tal qualquer guri;

Sonhador de muito pouco papo,

Assim eu fui e assim eu cresci:

Para não ter uma língua de trapo,

Achei melhor ter boca de siri...

E o menino pobre, um dia, cresceu,

Agora ele tem mais do que merece

De tudo aquilo que a vida lhe deu;

Envelheceu, embora não quisesse,

Mas só foi assim que ele percebeu,

Que foi feliz, mesmo que nem soubesse...

Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 23/11/2015
Reeditado em 23/11/2015
Código do texto: T5458527
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