Soneto a Natureza
Em um tanto, num sô nada
Nem tenho pretensão a ser
Apago os dados da memória
Me formato e me recomeço
Faço de mim e desfaço
Traço, desenho novo e gravo
Apago, de novo eu apago
Largo, prendo, solto
Voo sobre os mares
Me meto a ser peixe
Saio e sinto a terra
Ah, a terra, eu piso
Eu deito, eu sinto.
E viro, e quando viro sou.
Me converto na natureza
E sinto toda a sua dor