Soneto a Natureza

Em um tanto, num sô nada

Nem tenho pretensão a ser

Apago os dados da memória

Me formato e me recomeço

Faço de mim e desfaço

Traço, desenho novo e gravo

Apago, de novo eu apago

Largo, prendo, solto

Voo sobre os mares

Me meto a ser peixe

Saio e sinto a terra

Ah, a terra, eu piso

Eu deito, eu sinto.

E viro, e quando viro sou.

Me converto na natureza

E sinto toda a sua dor

Gabriel Davila
Enviado por Gabriel Davila em 23/11/2015
Código do texto: T5458390
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.