Verso fugido
Eis um soneto em colapso com a rotina
Um trato, um feito e um afeto.
Descido de um amor que virou sina
Sem pai, sem filho e sem neto...
Eis que vem um soneto sucumbindo
Em detalhes e gestos, a olhares e risos!
Rebulido e acharcado de vida, de vindo...
Nos calços de meus passos e seus pisos.
- calar-te-ei verso, antes que tarde caia,
Sobre o solo que protege o verbo, da vaia.
Inconsolado.
- deixar-te-ei sim, que serene sobre o fado,
Formoso, feito a ti. A roubar-me de um rogado.
Musicado.
........... “ Catarino Salvador “.