Um caixão
Com que eu visse o caixão à noite amena,
Ias erguer o crânio byroniano,
Sujo, como o osso vil do horror humano...
Choraste, absurdamente, em tua pena.
Talvez inda acendesses essa vela
Ao lado do caixão, que o medo enchia
Entre a putrefação da alma sombria,
Assaz, macabramente, a morte bela...
Quem podias abri-lo co´o cuidado,
Numa lamentação da dor funesta,
Ah, no grande poeta de uma testa!
Sobre um acolhimento enviscerado.
Choremos, tristemente, à meia-noite!
Para que o sentimento obscuro afoite.
Lucas Munhoz - (20/11/2015)