A LUA E O POETA

À noitinha a lua rasga o nascente

Levando brilho a todo universo,

O poeta se dirige ao batente

Para compor um simples verso.

Por dentro o coração doente

De lutar sem ter sucesso

Fraco, batendo lentamente,

Do amor um réu confesso.

A lua tão bela e prateada,

Clareando minha amada,

Esqueceu meu coração.

Nas avenidas da tristeza,

Mergulhado na incerteza,

Mendigando atenção.