Soneto do corno manso
Tu és o sol que lambe a minha laje
Com o bronze quente da tua cútis
E em vez de beijos me tratas aos chutes
E recusá-los seria ultraje
Oh, que esplendoroso é o teu glúteo
Sobretudo quando danças um funk
E me mandas lavar roupa no tanque
E me chamas sempre de verme inútil
Quando a vitrola toca Frank Sinatra
Trocas por um disco de Mister Catra
E me xingas na gíria do hip-hop
Pouco me importa que nunca decifres
Como me deste só um par de chifres
Com o batalhão inteiro do Bope